Archive for the ‘Poemas’ Category

Mattamática

setembro 17, 2008

Cinco vezes eu chamei
Sete vezes você não me respondeu
Setenta vezes disse não
Meu coração noves fora dor
Saudade
Solidão
Mais um dia de espera
No doisequilíbrio interior

Eu

julho 29, 2008

Eu sou a chuva fina e insistente
Que, embora sob o sol da primavera,
Jamais percebe o fim que a espera
E cuida que é capaz de ir em frente.

Eu sou no céu da noite astro cadente,
Eu sou no velho muro musgo e hera,
Sou a desconhecida que me espera
Na esquina do futuro e que nem sente

Da vida, a fuga lenta e inexorável,
Da morte, o medo gélido e mudo,
De tudo, o despropósito sem fim.

Naquela esquina, a estranha, imperturbável,
Jamais se incomodou em tirar de mim
A dor de não ser nada e de ser tudo.