Archive for the ‘Uncategorized’ Category

Frase do dia

junho 13, 2008

A Preocupação olha em volta,

A Tirsteza olha para trás,

A Fé olha para cima.

Uma amiga me mandou esse texto hoje por e-mail. Não consegui encontrar o autor, mas publico igualmente, porque na sua simplicade afirma uma verdade profunda…

Boa sexta-feira 13 pra todos nós!

Diga não à erotização infantil

maio 28, 2008

Não pude ficar indiferente ao apelo do blog Diga não à erotização infantil e estou me juntando à sua campanha. Cada um de nós e todos nós juntos somos responsáveis pelo que acontece às crianças, sejam nossos filhos, sobrinhos, alunos, filhos de amigos ou até mesmo desconhecidos. Sim, é exatamente o que quero dizer: todos temos a nossa parcela de responsabilidade se, sabendo de qualquer tipo de violência que uma criança sofre, ficamos indiferentes e nos limitamos a pensar que essa é uma coisa horrível. É preciso fazer um pouco mais do que isso: é preciso demonstrar a nossa indignação e fazer qualquer coisa de concreto, dentro do nosso campo de ação, para ajudar a reverter esse quadro.

Infelizmente, porém, não é nem unaminidade que a erotização infantil seja “horrível” e que seja uma violência: estou cansada de ver adultos, inclusive pais, que elogiam, acham “tão bonitinho” e estimulam as crianças (sobretudo meninas) que se vestem como adultos em miniatura e executam coreografias pornográficas. Essa, porém, é a meu ver uma violação da integridade psíquica e moral da criança, da sua imagem e da sua identidade (Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 17).

Segundo as editoras do blog (recomendo a visita e a divulgação desse trabalho importantíssimo), todos nós podemos fazer alguma coisa:

Basta estar atento e agir. Se você, pai ou educador, se preocupa com o quadro que apresentamos, tem muitas atitudes a tomar.

Divulgue esta campanha; Não permita que seus filhos se vistam como adultos; Não estimule as coreografias por vezes pornográficas que alguns “artistas” apresentam; Não financie a roda da fortuna criada com o lançamento indiscriminado de banalidades e produtos anti-educativos gerados pela mídia com intenção exclusiva de lucro.

Você tem este poder de ação. Todos somos responsáveis pela nova geração que estamos deixando para assumir o mundo. Nossa responsabilidade é tornar nossas crianças adultos felizes, equilibrados, realizados e cidadãos conscientes do seu espaço e dos outros.

A criança e o adolescente têm o direito (logo, nós temos em relação a elas um dever) de serem respeitadas “como pessoas humanas em processo de desenvolvimento” (Estatudo da Criança e do Adolescente, art. 15). Antes de ser uma lei federal, essa é uma obrigação imposta pela nossa consciência.

Saudade! Nostalgia! Soidade! Sodade!

maio 27, 2008

Estava falando de saudade com uma amiga minha. Ela, com saudade do marido, que veio passar a “bella stagione” na Itália e eu com saudade da minha família, dos meus amigos, colegas de trabalho, ex-alunos, pessoal da comunidade, do meu ambiente de trabalho, das pedras da rua…

Comentei com ela que estava “naturalmente” com saudade e que na minha opinião essa é a palavra que nós brasileiros mais conhecemos; que o resto do mundo não entende nem sente muito isso. Ela depois me mandou um outro e-mail com umas coisas que eu achei tão bonitas que quis compartilhar (claro, com a sua autorização). Principalmente porque quem conhece Anésia não está acostumado a ouvi-la falar assim.

Então, lá vai: pasmem-se ou emocionem-se. Ou todos dois.

“É verdade que só nós brasileiros sabemos o significado dessa palavra ‘saudade’. É quase uma exclusividade do vocabulário da língua portuguesa em relação às línguas românicas.

E como é gostoso sentir saudade, pois só assim podemos saber e medir o quanto amamos alguém, ou saboreamos algo; é através desse sentimento tão gostoso que descobrimos quanto o outro é importante na nossa vida.

Uma pesquisa feita entre os tradutores britânicos apontou a palavra ‘saudade’ como a sétima palavra de mais difícil tradução. Eu sempre interroguei por que sentimos saudade e por que ficamos alegres quando a matamos, mesmo que no outro dia ela torne a nos matar. Minha sobrinha Carla, de 11 anos, quando tinha cinco definiu saudade como uma dor no coração. (…)

Como diz um autor desconhecido ‘Como é bom contemplar o céu, interrogar uma estrela e pensar que ao longe bem longe em outro lugar alguém contempla esse mesmo céu, essa mesma estrela e murmura baixinho ‘que saudade’.

Henrique Maximiliano C. Neto (1864 – 1934) disse: ‘A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequena a um canto do coração’. Claro que foi um escritor e romancista brasileiro quem disse.

(…)

Os europeus falam nostalgia, nós falamos saudade, em galego existe a mesma palavra saudade por vezes na variante soidade. Em crioulo Cabo-Verde existe a palavra sodade ou sodadi derivada da portuguesa saudade e com o mesmo significado. Mas sentir saudade de verdade só nós brasileiros sabemos. Mesmo porque estamos sempre vivendo de saudade.”

Ah, o título é uma adaptação minha do assunto que ela deu ao e-mail. E eu continuo “vivendo de saudade”…

As grandes idéias são simples

maio 12, 2008

Visitando o blog do Alessandro Martins, fiquei sabendo da história do pipoqueiro Valdir, de Curitiba. E fiquei fascinada, é quase como se o conhecesse.

Valdir é como nós gostaríamos de ser quando crescermos: alguém que, com uma idéia aparentemente simples, conseguiu realizar-se profissionalmente.

Que não se confunda, porém, simplicidade com ausência de esforço. Ele trabalha cerca de 80% do seu dia, o que contraria uma das expectativas de quem pensa em ser autônomo. De fato, entre as pessoas que desejam ser seu próprio patrão, muitas desejam trabalhar menos e ganhar mais. O que se observa, porém, é que, mesmo que o segundo objetivo se realize, o mesmo não acontece com o primeiro.

Começar – e manter – um empreendimento exige trabalho árduo e muita dedicação. Mas eu creio que os resultados compensem. Penso que todos nós conhecemos alguém (talvez até nós mesmos, em alguma fase de nossa vida) que trabalha pouco, tem muito tempo livre e vive taciturno. Por outro lado, conheço muita gente trabalhando pra si mesma que quase não tem folga e transpira entusiasmo por todos os poros, fazendo aquilo que sabe e gosta de fazer (elas gostam porque sabem ou fazem bem porque gostam daquela atividade?…).

Aquilo que eu chamo, porém, idéia simples é justamente aquela coisa que você sabe fazer bem, que todo mundo elogia, mas você nunca pensou em ganhar dinheiro com aquilo. Faz porque gosta. É esse o ponto: se você transformar isso num trabalho, vai viver como se não tivesse nunca mais que trabalhar.