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Personal friend e por que não posso traduzir o termo para “amigo pessoal”

junho 30, 2009

Depois do personal trainer e do personal stilist, a novidade agora é o personal friend. Segundo o site da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, esse é um novo negócio que está surgindo no Brasil, semelhante ao realizado por uma agência japonesa.

Lá na terra do sol nascente, diz outra notícia da mesma revista, um dos agentes da empresa Office Agents vai a festas de casamentos como se fosse um convidado normal, um parente ou amigo, por cerca de R$ 400,00. “Se o agente tiver que cantar ou dançar custa mais R$ 100,00”, continua.

A recessão econômica aumentou ainda mais a popularidade do serviço. Com o desemprego e os trabalhos de meio período aumentando, pessoas têm alugado falsos chefes e colegas de trabalho para ir a festas de casamento. O objetivo? Manter o respeito perante os amigos, segundo Hiroshi Mizutani, que comanda a Office Agents.

O presidente da empresa contou inclusive a história de um noivo que alugou secretamente 30 convidados para fazer o papel de amigos e parentes. Isso porque era seu segundo casamento e ele não queria repetir os convidados da primeira cerimônia.

No Brasil a sessão custa de 50 a 300 reais e o personal friend acompanha o cliente aonde esse desejar, desde shoppings a cinemas, restaurantes ou caminhadas. É claro que, além do preço da sessão, o cliente deve bancar qualquer outra despesa. Um dos profissionais brasileiros conta: “Um dia um cliente me ligou dizendo que estava querendo alguém para tomar um chope”. Pagou R$ 300 para tagarelar com o personal friend por 50 minutos numa mesa de bar.

Onde foram parar aqueles amigos que adorariam tomar um chopinho jogando conversa fora?

É tudo muito estranho! Para mim, o mundo enloqueceu e eu não quero, como diz aquela famosa frase feita, “tornar-me louca para ser sensata”. Prefiro ser louca, ingênua, antiquada, o que for. Mas eu ainda acredito naquele tipo de amizade livre e desinteressada, naquele tipo de amigo que até se ofende quando se fala em dinheiro com ele. Aquele amigo que pode lhe telefonar a qualquer hora sem motivo aparente ou aparecer na sua casa sem ter de telefonar antes para avisar que vem. Em suma, aquele amigo de antigamente.

Só que construir uma amizade assim leva tempo e as pessoas não têm mais tempo para nada, vivem correndo contra o relógio. Além disso, “tempo é dinheiro”, não é assim que se diz? Se isso é verdade, então para alguém dedicar um pouco do seu tempo a outrem precisa receber em troca algum dinheiro, de certa forma (não sei qual) equivalente ao tempo gasto. Não quero crer que estejam desaparecendo as coisas que não têm preço, como a amizade.

A tradução literal de personal friend para o português seria amigo pessoal, mas isso é outra coisa. Segundo o Aurélio, pessoal pode ser sinônimo de “reservado, particular, íntimo”. Então, considerando essa acepção do adjetivo, amigo pessoal é um amigo íntimo, seriam aqueles para quem o cara do chope não ligou ou que recusaram seu convite.

Ainda estou me perguntando quem aquele japonês convidará para algum almoço de domingo, um aniversário… mas eu acho que já não se fazem almoços de domingo com os parentes.

Mauro Shampoo, o craque do pior time do mundo

setembro 20, 2008

Falar do melhor futebol do mundo todo mundo fala; basta descrever qualquer time de várzea, formado por meninos descalços que, com uma bola improvisada, executam com maestria aquele balé conhecido como futebol brasileiro.

Mas encontrar o pior time do mundo, e mais, encontrá-lo no Brasil, exige pesquisa séria da qual vi o resultado. Trata-se do documentário Mauro Shampoo – Jogador, Cabeleireiro e Homem, exibido no Porta Curtas.

Divertido, emocionante, forte, autêntico, assim é Mauro Shampoo, craque do Ibis Sport Club, que entrou para o Guiness como o time que mais perdeu no futebol mundial. Igualmente divertido e emocionante é o curta de Leonardo Cunha Lima e Paulo Henrique Fontenelle.

Vale a pena assistir! Depois me digam se eu não tinha razão…

Álvares de Azevedo – o poeta rock n’ roll

agosto 11, 2008

Livro clip, uma delícia!

agosto 8, 2008

Encontrei outro dia um site muito interessante, o LivroClip, que disponibiliza animações de grandes obras da literatura brasileira e mundial, para serem utilizadas em sala de aula a fim de tornar mais saborosa a aproximação dos estudantes aos grandes textos literários.

É possível encontrar Machado de Assis, Fernando Pessoa, Castro Alves, Miguel de Cervantes, Jonathan Swift, Florbela Espanca, Goethe, Shakespeare, Thomas Morus, Augusto dos Anjos… a lista é enorme. Visite a Livropedia para vê-la.

Você também pode se cadastrar para receber as novidades por e-mail. Ontem recebi essa charada:

Adivinhe se puder

Para o dia 11 de agosto está anunciado o lançamento de “Álvares de Azevedo – um poeta rock and roll”. O trailer do clip já está disponível para quem não consegue controlar a curiosidade (como eu).

Recomendo uma visita várias visitas e, claro, a utilização dos clips que são ótimos. Quem não é professor pode divulgar ou simplesmente divertir-se com a literatura vista de um modo diferente daquele ao qual nos acostumamos na escola. Vale a pena cada clique!

G8 fala em reduzir emissões pela metade até 2050

julho 9, 2008

Em comunicado oficial divulgado no Japão os líderes do Grupo dos Oito “anunciaram nesta terça feira que trabalharão na direção de uma meta de pelo menos reduzir pela metade a emissão global de gases do efeito estufa até 2050“.

Além disso, segundo a notícia, eles também concordaram em estabelecer metas intermediárias anteriores a 2050, mas sem estabelecer números.

Claro! Quanto mais longo o prazo, melhor. E, para aqueles mais próximos, se não há um valor estipulado qualquer pequena mudança é lucro, certo? E cada um continua poluindo como quiser…

O mais interessante, porém, ainda está por vir:

o apelo aos países que participam das negociações sobre mudança climática na Organização das Nações Unidas (ONU) para que também “considerem e adotem” as metas para 2050 satisfez os Estados Unidos, que afirmaram não poder concordar com metas obrigatórias a não ser que grandes poluidores como China e Índia também cortem suas emissões.

Eu já vi essa cena muitas vezes, você não? “Eu só como a salada se Fulano (o irmãozinho) também comer!”, “Pró, você já deixou Joãozinho ir ‘na licença’ duas vezes, então eu também vou!”, “Eu não vou fazer tarefa nenhuma, não tem ninguém fazendo…” “Tá bom, eu leio, mas manda outro ler primeiro!” – a lista de exemplos poderia continuar indefinidamente.

Mais bonitinho do que isso só a foto deles todos reunidos no recreio, aplicando as noções da aula de Ciências…

Líderes do G8 plantam árvores no Japão

julho 8, 2008

Vi hoje uma foto que me deixou comovida: estavam alinhados os líderes do G8 (os sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia), cada um com uma pá na mão, plantando uma árvore… Que emocionante! Eles realmente se importam com o meio ambiente!

 Se você observar bem, o quarto da esquerda para a direita (você o reconhece?) está olhando para o colega do seu lado esquerdo, como quem não sabe muito bem o que fazer com aquela pá…

Com suas atitudes cotidianas eles nos incutem a descrença na política (você se lembra, por exemplo, da posição dos Estados Unidos em relação ao Protocolo de Kioto?); mas quando se encontram nessas ocasiões, querem, com meia dúzia de palavras e alguns gestos mal ensaiados, fazer-nos acreditar nas suas boas intenções.

É pra rir ou pra chorar?

A Câmara dos deputados quer entrar na blogosfera

junho 23, 2008

Sugeri, algum tempo atrás, que devemos observar e divulgar o que os deputados estão fazendo, como forma de contribuir para a participação consciente e a construção da cidadania. Afinal, ser cidadão não é só votar, mas acompanhar as atividades dos políticos e cobrar a adoção de medidas para garantir a construção do país que queremos.

Pois bem, seguindo minha própria sugestão, começo a fazer a minha parte. Visitando o site da Câmara dos Deputados, fiquei sabendo que a Comissão de Educação e Cultura daquela casa lançará amanhã, dia 24, o primeiro blog institucional do Congresso.

Segundo o presidente da comissão, deputado João Matos (PMDB-SC), “para garantir a transparência do projeto, foi criado um conselho editorial com representantes de todos os partidos para administrar o blog”.

Essa promete ser uma ferramenta através da qual a sociedade poderá acompanhar as atividades dos parlamentares e sugerir propostas para as duas áreas de interesse da comissão, a saber, educação e cultura.

A partir de amanhã poderemos acessar www.camara.gov.br/blogeducacaocultura para participar dessa novidade.

E vamos ver no que vai dar…

How to blog

junho 16, 2008

How to blog

Como blogar ensinar, escrever, fazer arte:

  1. Maravilhe-se com alguma coisa.
  2. Convide outras pessoas a maravilharem-se com você.

Essa é a minha tradução portuguesa do How to blog, post fantástico de Austin Kleon. Como estou engatinhando na blogosfera, tudo o que se refere a como blogar me interessa.

Specialmente per il mio amico Giuseppe, mi azzardo a tradurlo anche in italiano (che Dante mi perdoni): 

Come blogare, insegnare, scrivere, fare arte:

  1. Meravigliati di qualcosa.
  2. Invita gli altri a meravigliarsi con te.

Foi o Alessandro Martins que me apresentou esse escritor texano.

Ave, Maria Inês!

junho 3, 2008

Vi ontem o e-mail de minha amiga Zenilde que me apresentava a arte de sua cunhada Maria Inês Guimarães, pianista, compositora, musicóloga e pedagoga brasileira que vive na França. Além de tocar os clássicos como Bach, Beethoven e companhia, Maria Inês divulga através de seus concertos a música brasileira popular e clássica. Para conhecer o seu currículo, faça uma visita ao site da artista (escrito em francês, português e inglês).

Quem conhece música pode se beneficiar das partituras de muitas de suas composições.

Eu me deleitei ouvindo uma de suas belíssimas obras de arte, Ronan, uma carícia ao coração.

É mais uma mostra da sensibilidade e do talento brasileiros pelo mundo afora… qualquer dia, talvez, os europeus entenderão que não é só de samba e futebol que se faz o Brasil.

(Nada contra o samba e o futebol que eu adoro, mas detesto os rótulos…)

Diga não à erotização infantil

maio 28, 2008

Não pude ficar indiferente ao apelo do blog Diga não à erotização infantil e estou me juntando à sua campanha. Cada um de nós e todos nós juntos somos responsáveis pelo que acontece às crianças, sejam nossos filhos, sobrinhos, alunos, filhos de amigos ou até mesmo desconhecidos. Sim, é exatamente o que quero dizer: todos temos a nossa parcela de responsabilidade se, sabendo de qualquer tipo de violência que uma criança sofre, ficamos indiferentes e nos limitamos a pensar que essa é uma coisa horrível. É preciso fazer um pouco mais do que isso: é preciso demonstrar a nossa indignação e fazer qualquer coisa de concreto, dentro do nosso campo de ação, para ajudar a reverter esse quadro.

Infelizmente, porém, não é nem unaminidade que a erotização infantil seja “horrível” e que seja uma violência: estou cansada de ver adultos, inclusive pais, que elogiam, acham “tão bonitinho” e estimulam as crianças (sobretudo meninas) que se vestem como adultos em miniatura e executam coreografias pornográficas. Essa, porém, é a meu ver uma violação da integridade psíquica e moral da criança, da sua imagem e da sua identidade (Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 17).

Segundo as editoras do blog (recomendo a visita e a divulgação desse trabalho importantíssimo), todos nós podemos fazer alguma coisa:

Basta estar atento e agir. Se você, pai ou educador, se preocupa com o quadro que apresentamos, tem muitas atitudes a tomar.

Divulgue esta campanha; Não permita que seus filhos se vistam como adultos; Não estimule as coreografias por vezes pornográficas que alguns “artistas” apresentam; Não financie a roda da fortuna criada com o lançamento indiscriminado de banalidades e produtos anti-educativos gerados pela mídia com intenção exclusiva de lucro.

Você tem este poder de ação. Todos somos responsáveis pela nova geração que estamos deixando para assumir o mundo. Nossa responsabilidade é tornar nossas crianças adultos felizes, equilibrados, realizados e cidadãos conscientes do seu espaço e dos outros.

A criança e o adolescente têm o direito (logo, nós temos em relação a elas um dever) de serem respeitadas “como pessoas humanas em processo de desenvolvimento” (Estatudo da Criança e do Adolescente, art. 15). Antes de ser uma lei federal, essa é uma obrigação imposta pela nossa consciência.