Dos exageros

maio 17, 2010

São muitos os exemplos de sentimentos exagerados, na vida e na arte. Quem não se lembra da confissão do poetinha?

Soneto do amor total

Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Quem dá demasiado normalmente recebe pouco. Quando controlamos tudo, cuidamos de todos os detalhes, não deixamos espaço para as surpresas agradáveis com que tanto sonhamos… Uma vez alguém me disse: “Você não deixa as coisas acontecerem…” Foi uma frase dura de ouvir, mas era verdade: eu lhe enchia a vida e com isso não lhe sobrava espaço para que ocupasse, por seu turno, um pouco da minha vida.

O comedimento é uma lição difícil de aprender. Minha avó dizia sabiamente que “tudo demais é sobra”. Drummond confessou em As sem-razões do amor:

Eu te amo porque não amo

bastante ou demais a mim.

 E meu compadre Guimarães, que não me canso de citar, escreveu: “Ajuda-te um pouco menos, para Deus poder te ajudar!”.

Fazendo compras em Roma

julho 24, 2009

Aquela tarde saí para fazer compras, mas antes de chegar ao meu destino tive que fazer a parada regulamentar na sorveteria porque o verão em Roma chegou e não está pra brincadeira.

Depois de matar a sede, voltei a meu objetivo inicial. Minhas compras se limitaram a essas coisas prosaicas que compra toda dona de casa de classe média: umas verduras para a salada, um quilo de tomates cerejas, dois litros de leite de cabra, umas bolachas cream cracker, um quilo de arroz, alguns mirtilos e, num impulso de gula, meio quilo de raviólis vegetarianos.

Caminhei um pouco a pé, naturalmente ziguezagueando entre os carros parados sobre a faixa de pedestres devido ao congestionamento, e finalmente cheguei ao ponto de ônibus carregando duas sacolas de supermercado. Enquanto esperava pelo ônibus que não queria chegar, escutava fragmentos de conversa com sotaques variados e observava as pessoas, umas perturbadas pelo tráfego sempre caótico, outras como anestesiadas, já insensíveis ao tormento da metrópole.

E foi assim, em minha distração preferida enquanto espero – o que não se faz pouco quando se depende dos transportes públicos – pois foi assim, dizia, que vi passar um carro da polícia. Antes que eu terminasse de pensar, rindo de mim mesma, como seria bom ser levada pra casa pelo policial pra chegar logo, vi que ele estacionou o carro em segunda fila um pouco depois do ponto de ônibus. Em seguida, outros dois carros, daqueles oficiais, azuis-marinhos, aos quais os italianos se referem entre irritados e cômicos como “le macchine blu“, também estacionaram em zona proibida complicando um pouco mais o trânsito já engarrafado de Viale Marconi.

Então do terceiro carro saiu um homem jovem, usando terno e gravata azul-marinho e camisa branca, e foi abrir a porta traseira do segundo carro. Eu estava curiosa para ver a pessoa que desceria. E eis que ela apareceu. Era uma mulher alta, de pele clara, com o cabelo castanho escuro, liso, um pouco acima dos ombros, que usava um vestido estampado de azul e branco. Atravessou a calçada onde eu estava e entrou numa loja de eletro-eletrônicos. O homem que lhe havia aberto a porta entrou atrás dela. Pouco depois o motorista do terceiro carro também desceu e entrou na loja. E eu fiquei ali me perguntando quem seria aquela mulher que utilizava três carros para circular pela cidade, inclusive um da polícia, e o que poderia querer em uma loja de Viale Marconi com tantas outras nas ruas mais elegantes de Roma. Olhei na direção do Piazzale della Radio e nem sinal de ônibus, então peguei as sacolas de compras e entrei eu também na loja.

A mulher de azul estava diante de um balcão de informações enquanto o empregado, que não sabia dos três carros esperando por ela em segunda fila, a tratava como uma cliente normal e continuava falando ao telefone e fazendo-a esperar.

Enquanto eu me dirigia ao fundo da loja para fingir que olhava as mercadorias, um dos seguranças apareceu inesperadamente de detrás de uma vitrine e eu me desculpei por atravessar-lhe o caminho. Ele me respondeu “Prego“, muito gentil, mas sempre sério e eu comecei a olhar umas tintas incompatíveis com minha impressora.

Talvez cansada de esperar, a mulher de azul foi olhar uns secadores de cabelo. O segurança a seguiu a pouca distância, depois chamou o outro, que era o motorista e lhe disse algo. Pouco tempo depois que o motorista tinha se afastado, um rapaz empregado da loja veio atender a mulher misteriosa e eu fingia escolher um ferro de passar, eu que detesto passar roupa e quase não o faço.

Em voz baixa e com um sotaque que não consegui identificar se era italiano ou estrangeiro, ela pedia informações sobre um objeto que eu não via e o rapaz lhe disse que para aquele modelo ela deveria comprar a memória em separado. A mulher quis saber quanto custava a memória. Pouco mais de sete euros. Mas não lhe servia tanta memória, podia ser menor que a oferecida e o rapaz lhe respondeu que aquela era a menor existente. Ela então se decidiu por aquele objeto com aquela memória e nós à sua disposição: os dois seguranças que a esperavam à distância adequada, eu que continuava olhando os ferros dos quais não tinha necessidade e todas as pessoas que passavam pela rua num espaço mais reduzdo devido aos três carros que a esperavam.

Distraí-me por um momento com o ferro e ela desapareceu. Então decidi voltar ao meu lugar, quando vi que estava pagando a mercadoria que havia comprado. Claro, o objeto, o que era? Voltei sobre meus passos até a vitrine diante da qual ela estava com o empregado da loja e vi uns porta-retratos eletrônicos.

Saí da loja e me posicionei para esperar o ônibus a tempo de vê-la sair com as caixas na mão, sem sacola, e dirigir-se ao carro. O segurança se apressou a abrir-lhe a porta, esperar que entrasse, fechar a porta e dirigir-se por sua vez ao carro que ia atrás e em cuja direção já estava seu companheiro.

O carro da polícia, com as luzes do teto acesas, começou a abrir caminho entre os carros e se pôs na pista da esquerda seguido pelos outros dois.

Continuo sem saber quem era aquela mulher de vestido azul com um drapeado na cintura que não lhe disfarçava muito bem a barriga um pouco grande, sapatos pretos com o salto baixo e muito grosso, maquiagem discreta e bem feita, cabelo liso bem penteado e que circula com três carros pela cidade eterna.

Entre tantas coisas que não sei, tampouco sei até que ponto isso se repita cotidianamente em Brasília, por exemplo.

Imagino, porém, que ela chegou a seu destino antes que eu chegasse em casa com as duas sacolas de compras no ônibus lotado escutando uma mulher morena que contava a uma amiga como sua mãe estava sofrendo com sete costelas quebradas que não lhe permitiam nem sequer respirar de tanta dor. Que estava um pouco melhor quando lhe administravam um dose de morfina, mas passado seu efeito recomeçava o sofrimento.

A filha desceu do ônibus dois pontos antes do meu.

Personal friend e por que não posso traduzir o termo para “amigo pessoal”

junho 30, 2009

Depois do personal trainer e do personal stilist, a novidade agora é o personal friend. Segundo o site da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, esse é um novo negócio que está surgindo no Brasil, semelhante ao realizado por uma agência japonesa.

Lá na terra do sol nascente, diz outra notícia da mesma revista, um dos agentes da empresa Office Agents vai a festas de casamentos como se fosse um convidado normal, um parente ou amigo, por cerca de R$ 400,00. “Se o agente tiver que cantar ou dançar custa mais R$ 100,00”, continua.

A recessão econômica aumentou ainda mais a popularidade do serviço. Com o desemprego e os trabalhos de meio período aumentando, pessoas têm alugado falsos chefes e colegas de trabalho para ir a festas de casamento. O objetivo? Manter o respeito perante os amigos, segundo Hiroshi Mizutani, que comanda a Office Agents.

O presidente da empresa contou inclusive a história de um noivo que alugou secretamente 30 convidados para fazer o papel de amigos e parentes. Isso porque era seu segundo casamento e ele não queria repetir os convidados da primeira cerimônia.

No Brasil a sessão custa de 50 a 300 reais e o personal friend acompanha o cliente aonde esse desejar, desde shoppings a cinemas, restaurantes ou caminhadas. É claro que, além do preço da sessão, o cliente deve bancar qualquer outra despesa. Um dos profissionais brasileiros conta: “Um dia um cliente me ligou dizendo que estava querendo alguém para tomar um chope”. Pagou R$ 300 para tagarelar com o personal friend por 50 minutos numa mesa de bar.

Onde foram parar aqueles amigos que adorariam tomar um chopinho jogando conversa fora?

É tudo muito estranho! Para mim, o mundo enloqueceu e eu não quero, como diz aquela famosa frase feita, “tornar-me louca para ser sensata”. Prefiro ser louca, ingênua, antiquada, o que for. Mas eu ainda acredito naquele tipo de amizade livre e desinteressada, naquele tipo de amigo que até se ofende quando se fala em dinheiro com ele. Aquele amigo que pode lhe telefonar a qualquer hora sem motivo aparente ou aparecer na sua casa sem ter de telefonar antes para avisar que vem. Em suma, aquele amigo de antigamente.

Só que construir uma amizade assim leva tempo e as pessoas não têm mais tempo para nada, vivem correndo contra o relógio. Além disso, “tempo é dinheiro”, não é assim que se diz? Se isso é verdade, então para alguém dedicar um pouco do seu tempo a outrem precisa receber em troca algum dinheiro, de certa forma (não sei qual) equivalente ao tempo gasto. Não quero crer que estejam desaparecendo as coisas que não têm preço, como a amizade.

A tradução literal de personal friend para o português seria amigo pessoal, mas isso é outra coisa. Segundo o Aurélio, pessoal pode ser sinônimo de “reservado, particular, íntimo”. Então, considerando essa acepção do adjetivo, amigo pessoal é um amigo íntimo, seriam aqueles para quem o cara do chope não ligou ou que recusaram seu convite.

Ainda estou me perguntando quem aquele japonês convidará para algum almoço de domingo, um aniversário… mas eu acho que já não se fazem almoços de domingo com os parentes.

O Milagre Eucarístico de Siena

junho 16, 2009

Quando contei nossa viagem a Cássia citei o Milagre Eucarístico de Siena, mas não o descrevi. Agora o faço:

O Milagre aconteceu no ano de 1330 e foi testemunhado pelo Beato Simone Fidati, cujos restos mortais se encontram na Basília Inferior de Cássia que também guarda o Milagre. O livrinho que está à disposição dos peregrinos na Basílica conta a história do milagre que traduzo livremente a seguir:

Um Sacerdote, chamado para que levasse a Eucaristia a um enfermo, pôs a Hóstia Consagrada entre as páginas do breviário. Quando o abriu para administrar a Comunhão, viu que a Hóstia tinha-se transformado em sangue e havia impregnado as duas páginas. Turbado com o que havia acontecido, foi confessar-se com o Beato Simone que vivia então em Siena e ao qual entregou o breviário depois de recebida a absolvição.

Uma das páginas, doada pelo Beato ao convento de Perugia, foi objeto de veneração até o período de Napoleão, quando foi perdida. A outra, à qual aderia a Hóstia, o Beato levou a Cássia, onde é venerada desde 1387.

Um detalhe interessante, segundo a hstória narrada pelo livrinho dos peregrinos, é que muitas pessoas notam nas manchas de sangue a figura de um rosto humano com uma expressão de sofrimento e que isso aparece inclusive na impressão fotográfica.

Como já havia dito, não vi nem fotografei o Milagre, mas é possível ver algumas fotos nesse endereço. Ou nesse, em português.

Salve, Santa Rita! (parte II)

junho 15, 2009

Como havia prometido, as fotos do Mosteiro de Santa Rita de Cássia. Naturalmente, não se pode visitar todo o Mosteiro. Há a parte reservada para as monjas de clausura.

Entramos numa sala sem móveis, com uns afrescos nas paredes, inclusive um que retrata Santa Rita bebê, num bercinho. O monge que descrevia o que veríamos na visita nos contou que quando a santa era criança as abelhas costumavam pousar sobre ela, o que preocupava os adultos, mas que a menina nunca foi picada. E acrescentou que há uma tradição segundo a qual uma criança em quem as abelhas pousam sem fazer-lhe mal terá um futuro especial. E quem duvida?

Vamos às fotos:

A videira milagrosa

A videira milagrosa

Segundo a história, quando Santa Rita entrou para o Mosteiro dos Agostinianos, teve, como ato de obediência, que regar todos os dias uma videira seca. E a videira reviveu! Os vinhateiros afirmam que isso é humanamente impossível; foi um dos tantos prodígios que Deus realizou na vida de Santa Rita. A videira vive até hoje e as monjas dão, no locutório do Mosteiro, uns envelopinhos com um pouco do pó dessa videira. Basta tocar a campanhia e pedir.

O tronco da videira

O tronco da videira

 

As rosas de Santa Rita

As rosas de Santa Rita

 

Outra roseira

Outra roseira

 

Mais uma roseira que se agarra nos muros do Mosteiro

Mais uma roseira que se agarra nos muros do Mosteiro

 

Rosas...

Rosas...

 

... e mais rosas!

... e mais rosas!

 

Aliança de Santa Rita

A aliança de Santa Rita

 

Coroa de Santa Rita

A Coroa de Santa Rita

 

Cela onde a santa viveu por 40 anos em oração e penitência e onde morreu

A cela onde a santa viveu por 40 anos em oração e penitência e onde morreu

 

Outra foto da cela

Outra foto da cela

 

Depois de ver sua cela e as lembranças mais significativas da santa, deve-se sair por uma porta que está à esquerda da cela. Diante dessa porta, uma imagem de Santa Rita no meio de suas rosas.

Roseiral de Santa Rita

Roseiral de Santa Rita

 

Para quem pensou que não havia mais rosas...

Para quem pensou que não havia mais rosas...

 A parte do Mosteiro que se pode visitar é bem pequena: depois daquela sala inicial da qual falei, se sai por uma porta embaixo da videira, sobem-se alguns degraus, passa-se por um corredor que conduz a uma sala da qual se vê, sempre através de uma grade, as lembranças de Santa Rita e sua cela. Então se sai por uma porta diante da qual se vê a imagem da santa no meio de muitas rosas (aquela com a legenda “Roseiral de Santa Rita”), descem-se alguns degraus e se chega novamente ao vestíbulo do Mosteiro. Mas apesar de ser pequeno o ambiente aberto à visitação, é imensa a atmosfera de santidade que se respira ali dentro! É impossível não escutar o chamado e não sentir o desejo de também ser santos.

Salve, Santa Rita!

junho 14, 2009
A festa era de Santo Antônio, mas eu tenho certeza de que ele não ficou com ciúmes por termos ido visitar Santa Rita. Afinal, eles com certeza são amigos e batem altos papos lá no céu. Têm muito em comum: Santa Rita é conhecida como a Santa das causas impossíveis e é a Santo Antônio que as moças recorrem quando querem encontrar um bom marido (desculpem, rapazes, mas eu sou do tipo que “perde o amigo, mas não perde a piada”…).

Essa era uma viagem que estava programada desde o mês de maio, mas não tinha dado certo. Então, sexta-feira à noite Claudio me perguntou se queria ir a Cássia no dia seguinte. É claro que eu aceitei. Saímos de Roma mais ou menos às nove e meia da manhã e depois de 200km de estrada e uns quinze minutos presos num engarrafamento (é tradição!) chegamos à cidade de Santa Rita.

Fomos direto ao Santuário. Na Basília Superior está o corpo da Santa e na Basília Inferior o milagre eucarístico que aconteceu em Siena em 1330 e que eu não pude ver nem fotografar, porque quando entrei na Basílica estava começando o Ofício das Vésperas e seria uma falta de respeito ficar caminhando e fotografando… Ficou para a próxima viagem, se Deus quiser.

No final da tarde conseguimos entrar no Mosteiro, que está ao lado da Basílica Superior, no qual Santa Rita viveu. Ali vimos a videira milagrosa, as rosas de Santa Rita, sua aliança, sua coroa, sua primeira urna funerária e a cela onde viveu e morreu. Foi uma experiência maravilhosa.

Tirei algumas fotos. Veja abaixo.

Fachada da Basílica Superior dedicada a Santa Rita de Cássia

Fachada da Basílica Superior dedicada a Santa Rita de Cássia

 

Altar-mor da Basília de Santa Rita de Cássia

Altar-mor da Basílica de Santa Rita de Cássia

 

Parte central da cúpula da Basílica

Parte central da cúpula da Basílica

 

Capela onde está depositado o verdadeiro corpo de Santa Rita, à esquerda do altar principal

Visão geral da Capela onde está depositado o verdadeiro corpo de Santa Rita, à esquerda do altar principal

A seguir, uma foto da urna na qual está o corpo da Santa. Tirei a foto por um dos buracos da grade de ferro que protege a clausura monástica. É o mais próximo que se pode chegar do corpo de Santa Rita, exceto no período da Novena Solene, de 12 a 20 de maio, depois da Celebração Eucarística das 18h, quando os peregrinos podem saudar mais de perto o corpo da Santa das causas difíceis.

Urna onde está o corpo de Santa Rita

Urna onde está o corpo de Santa Rita

 

No próximo post, as fotos do mosteiro…

Aniversário

fevereiro 23, 2009

Confiro pela décima vez a mesa de jantar, está impecável. É meu aniversário e certamente será o mais feliz dos últimos anos.
Finalmente consegui criar coragem para convidá-lo à minha casa. Foi realmente uma ótima ideia usar o aniversário como motivo do convite. Ele só não sabe que é o único convidado: isso sim, foi um golpe de mestre. Quando entrar por aquela porta e perceber que somos só nós dois… Impossível não dar certo.
Toca a campainha. Olho mais uma vez no espelho: tudo em ordem. Ponho uma gotinha de perfume e vou até a porta.
Calma, não posso parecer ansiosa demais. Respiro fundo, cruzando mentalmente os dedos e giro a maçaneta.
Ele entra e, antes que eu possa dizer qualquer coisa, antes que eu possa sequer absorver o que vejo, diz:
– Oi. Feliz aniversário! Esta é Márcia, minha namorada. Márcia, Clara. – E, olhando ao redor – Puxa, acho que a gente chegou cedo…

Mauro Shampoo, o craque do pior time do mundo

setembro 20, 2008

Falar do melhor futebol do mundo todo mundo fala; basta descrever qualquer time de várzea, formado por meninos descalços que, com uma bola improvisada, executam com maestria aquele balé conhecido como futebol brasileiro.

Mas encontrar o pior time do mundo, e mais, encontrá-lo no Brasil, exige pesquisa séria da qual vi o resultado. Trata-se do documentário Mauro Shampoo – Jogador, Cabeleireiro e Homem, exibido no Porta Curtas.

Divertido, emocionante, forte, autêntico, assim é Mauro Shampoo, craque do Ibis Sport Club, que entrou para o Guiness como o time que mais perdeu no futebol mundial. Igualmente divertido e emocionante é o curta de Leonardo Cunha Lima e Paulo Henrique Fontenelle.

Vale a pena assistir! Depois me digam se eu não tinha razão…

Mattamática

setembro 17, 2008

Cinco vezes eu chamei
Sete vezes você não me respondeu
Setenta vezes disse não
Meu coração noves fora dor
Saudade
Solidão
Mais um dia de espera
No doisequilíbrio interior

Álvares de Azevedo – o poeta rock n’ roll

agosto 11, 2008